As melhores práticas para a redução de vítimas em acidentes rodoviários
Relatório de Segurança Rodoviária
Os números na Alemanha são animadores: depois de em 2014 e 2015 se contabilizarem mais vítimas mortais do que nos anos anteriores, em 2016 houve novamente menos mortes em acidentes rodoviários. Cerca de 3200 mortes significam, segundo dados do Serviço Federal de Estatística alemão, uma redução de 7,3% em relação a 2015. Consequentemente, o número de vítimas mortais em acidentes rodoviários atingiu, simultaneamente, o número mais baixo dos últimos 60 anos. Tendo em conta o facto de que o número total dos acidentes registados pela polícia subiu mais de 3% para um total de 2,6 milhões e que houve também, novamente, um aumento na quilometragem total dos veículos motorizados, esta evolução é muito satisfatória.
No entanto, também há tendências contrárias. Em França, segundo previsões do Observatoire National Interministériel de la Securitè Routière, o número de vítimas mortais em acidentes rodoviários aumentou, em 2016, pelo terceiro ano consecutivo, ainda que apenas 0,2%, de 3461 para 3469. E nos EUA, para dar outro exemplo, de acordo com estimativas do National Safety Council, calcula-se que, em 2016, houve um aumento de vítimas mortais para mais de 40 000. Já em 2015 se havia registado um aumento de 7,5%.
Tendo em conta que cada vítima do trânsito rodoviário é uma vítima a mais, o aumento da segurança rodoviária permanece um dos enormes desafios sociais. Isto aplica-se, sobretudo, se não limitarmos a problemática apenas a países individuais, mas se, em vez disso, a observarmos a um nível global. Por fim, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), todos os anos morrem cerca de 1,25 milhões de pessoas em acidentes de viação. Há anos que este número está estagnado neste nível elevado.
É por isso mais urgente do que nunca questionar como será possível contrariar esta tendência, de forma eficaz e sustentável, para finalmente conseguir uma melhoria significativa nesta situação. O presente relatório de segurança rodoviária da DEKRA pretende prestar o seu contributo também a este respeito. Ao contrário dos relatórios anteriores, desta vez não está em foco qualquer tipo de transporte nem nenhum grupo específico de utentes da estrada. Na verdade, dedicamo-nos à chamada abordagem das melhores práticas, que também já é implementada, há vários anos, na área da segurança rodoviária.
Neste contexto, apresentamos para as três grandes áreas temáticas - Pessoas, Infraestrutura e Tecnologia automóvel - medidas que comprovaram sucesso em determinadas regiões do mundo e que poderão ter sucesso também noutros locais, sob determinadas circunstâncias, partindo do princípio de que as condições gerais o permitem e que a relação custo-benefício é viável. Sempre que possível, fundamentamos os exemplos de melhores práticas apresentados com números pertinentes, que salientam que esta ou aquela medida contribuiu de forma comprovada para menos acidentes, menos mortes ou menos feridos. Além disso, conseguimos mais uma vez recolher declarações de peritos conceituados ao nível nacional e internacional, que relatam, entre outros, medidas, experiências ou projetos que visam uma maior segurança rodoviária nos respetivos países ou numa determinada região do mundo.