Evitar medidas reativas de curto prazo
A DEKRA acredita que os progressos alcançados na segurança rodoviária e na tecnologia automóvel nos últimos 100 anos não são motivo para relaxar, mas devem ser um incentivo para novos esforços. “Os sucessos são indiscutíveis, mas os políticos, as associações e as organizações devem agir em conjunto mais do que nunca para garantir sempre uma mobilidade segura para todos”, afirma Jann Fehlauer, Diretor Geral da DEKRA Automobil GmbH.
Para assinalar o 100.º aniversário da DEKRA, o 18.º Relatório de Segurança Rodoviária da DEKRA, intitulado “Mobilidade em tempos de mudança”, destaca os desenvolvimentos significativos das últimas décadas e mostra que ainda há muito a fazer para alcançar o objetivo da “Visão Zero” – um tráfego rodoviário sem vítimas mortais e ferimentos graves. Segundo Fehlauer, isto aplica-se em particular às pessoas mais vulneráveis e desprotegidas que circulam a pé, de bicicleta ou em veículos motorizados de duas rodas.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), estas pessoas representam mais de metade das mortes na estrada em todo o mundo.
O trabalho em matéria de segurança rodoviária não deve limitar-se a medidas de curto prazo, só será bem sucedido se for um processo permanente,
sublinha Fehlauer. A prevenção de acidentes exige a coordenação de medidas preventivas em termos de tecnologia, organização e infraestrutura.
Tal como Kristian Schmidt, Coordenador Europeu da Segurança Rodoviária, indica no relatório, é necessário garantir “que a segurança não se torne um privilégio de alguns, mas que seja garantido a todos um acesso igual a soluções de mobilidade seguras”. Antonio Avenoso, Diretor Executivo do Conselho Europeu para a Segurança dos Transportes (ETSC), exige: “Os governos devem disponibilizar e investir recursos suficientes para enfrentar eficazmente os complexos desafios da segurança rodoviária.”