Factos atuais sobre o caminho para a Escola das crianças

25/04/2019 O fator humano
Em nome da DEKRA, o instituto forsa realizou, em novembro de 2018, um inquérito representativo relativamente ao caminho para a escola das crianças. Neste, foram incluídos, através de um processo de amostragem aleatória sistemática, por um lado, 1020 pais de crianças em idade escolar entre os seis e os 16 anos e, por outro, 1009 pessoas sem crianças em idade escolar. Com base neste painel, deveria ser esclarecido, entre outros, se as posturas dos pais cujos filhos têm de realizar diariamente o caminho para a escola diferem das da restante população.
No total, 48 % dos pais de crianças entre os seis e 16 anos indicaram que os seus filhos utilizam o autocarro ou os meios de transporte públicos para chegar à escola. Uma em cada três crianças (32 %) vai, por regra, a pé para a escola e volta para casa da mesma forma. 25% utilizam a bicicleta para isso. Apenas 23 % dos pais inquiridos indicou que os seus filhos são regularmente transportados de automóvel para a escola e no regresso a casa.
As raparigas utilizam os meios de transporte públicos com mais frequência do que os rapazes, que tendem a ir mais a pé para a escola. Também as crianças mais velhas, entre os doze e os 16 anos, vão para a escola de transportes públicos com muito maior frequência do que as crianças mais novas. Entre os seis e os oito anos, as crianças são transportadas mais frequentemente de automóvel do que as crianças mais velhas ou, em alternativa, vão a pé. Esta última indicação deve-se, seguramente, ao facto de os caminhos para as escolas primárias serem, por norma, curtos. Se este não for o caso, as crianças mais pequenas são então, preferivelmente, transportadas pelos pais. A bicicleta é utilizada com maior frequência na faixa etária dos nove aos 14 anos.
Os inquiridos de localidades mais pequenas, com menos de 5000 habitantes, indicaram, com muito maior frequência do que a média de todos os inquiridos, que os seus filhos, por norma, utilizam o autocarro ou outros meios de transporte públicos para ir para a escola. A utilização do automóvel próprio para levar a criança à escola ou trazê-la de volta situa- se, em todos os tipos de localidades, nuns estáveis 21 a 24 % e, surpreendentemente, não depende, portanto, do facto de se tratar de uma pequena localidade numa região rural ou de uma grande cidade.
Os inquiridos tinham também de especificar o que os preocupava mais no que respeita ao caminho para a escola dos seus filhos. Mais de um em cada dois inquiridos (57 %) expressou o receio de que o(a) seu(sua) filho(a) pudesse sofrer um acidente rodoviário causado por terceiros e ficar ferido( a). 46 % receiam que os seus filhos sejam assediados ou ameaçados por estranhos. Um em cada cinco (20 %) preocupa-se que o(a) seu(sua) filho(a) possa ser perturbado(a) ou intimidado(a) por colegas. 19 % receiam que os seus filhos sejam demasiado imprudentes e, por exemplo, passem no sinal vermelho. Os inquiridos com menos de 40 anos preocupam-se, com muito maior frequência do que a média de todos os inquiridos, que os seus filhos sofram um acidente rodoviário causado por terceiros e fiquem feridos (70 %) ou que sejam assediados ou ameaçados por estranhos (59 %). Os menos receosos a este respeito são os pais com mais de 50 anos.

Motivos dos pais para a escolha do Caminho para a escola

43 % dos inquiridos que levam os seus filhos para a escola de automóvel fazem-no porque a escola fica no caminho para o trabalho. 29 % referiram que, caso contrário, o caminho para a escola exigiria demasiado tempo e 25 % indicaram que não existia uma boa ligação aos meios de transporte públicos. O facto de o caminho para a escola ser demasiado perigoso para ser percorrido a pé ou de bicicleta ou de ser demasiado longo foi indicado como motivo por um em cada cinco inquiridos deste subgrupo. 14 % deste subgrupo afirmaram que levam os seus filhos para a escola e trazem-nos de volta de automóvel, porque existe um sistema de boleia partilhada com outras crianças – 10 % porque, desse modo, o seu parceiro ou eles próprios podem passar mais tempo com a criança. 7 % consideram que o transporte de automóvel é mais económico do que um bilhete para os meios de transporte públicos. Os homens (24 %) indicaram mais frequentemente do que as mulheres (13 %) que levam os seus filhos para a escola e trazem-nos de volta de automóvel, porque o caminho para a escola a pé ou de bicicleta é demasiado perigoso. Significativamente mais homens (15 %) do que mulheres (5 %) referiram que, desse modo, o seu parceiro ou eles próprios podem passar mais tempo com a criança.
Também os inquiridos que não levam nem trazem os seus filhos da escola de automóvel foram questionados sobre os motivos para tal. Dois terços (67 %) indicaram que os seus filhos devem aprender a deslocar- se de forma autónoma na circulação rodoviária e agir de forma segura. Este aspeto foi referido, em particular, pelos inquiridos com menos de 40 anos.
39 % não levam nem trazem os seus filhos da escola de automóvel, porque existe uma boa ligação aos meios de transporte públicos. Isto foi indicado, sobretudo, pelos pais com mais de 50 anos, que, possivelmente em comparação com o “passado”, ainda aplicam critérios diferentes dos dos pais mais jovens. 34 % defendem o caminho para a escola dos seus filhos sem automóvel, porque estes vão para a escola juntamente com outros alunos. No que respeita aos aspetos ambientais, 26 % dos inquiridos referiram que a utilização do automóvel junto da escola incomoda os residentes locais e prejudica o ambiente, podendo também colocar em risco outras crianças.